Hackers invadem Twitter da Bovespa

Um hacker inseriu mensagens sobre liberdade de imprensa, Wikileaks e Julian Assange no Twitter oficial da BM&FBovespa, empresa responsável pelo gerenciamento da bolsa de valores de São Paulo.
As postagens começaram por volta das 23h da quarta-feira (23). O invasor se identificou como parte do grupo Anonymous, que ganhou notoriedade após iniciar uma “guerra” em defesa do Wikileaks.

Às 8h30 desta quinta-feira (24), o Twitter da Bovespa divulgou uma mensagem confirmando a invasão: “O perfil oficial da BM&FBOVESPA foi invadido. A Bolsa já acionou o Twitter para providências”.

Em um comunicado divulgado para a imprensa, a Bovespa afirmou que os perfis de redes sociais são mantidos em servidores externos, por isso, não têm relação com a manutenção dos portais oficiais da Bolsa.

"Acrescentamos ainda que episódios como esse vêm ocorrendo com outras empresas e personalidades e que o da Bolsa não é um caso isolado. Esperamos contar com a compreensão dos nossos seguidores e fãs até a situação ser normalizada", dizia a nota.
'TweetButton'

Não se sabe como foi realizado o acesso à conta do Twitter. Todos os tuítes do hacker foram enviados a partir do TweetButton, que já apresentou vulnerabilidades que permitiam a postagem de mensagens não autorizadas. O TweetButton é um recurso do serviço de microblog para que sites incluam um botão que facilita a interação dos usuários com o Twitter a partir de páginas externas.

A primeira mensagem postada pelo hacker aponta para um link com o texto “What is Wikileaks?” (O que é o Wikileaks?). Nas mensagens seguintes, o invasor se identifica como membro do Anonymous. Em uma delas, ele parece cometer um erro de digitação ao escrever “Wikeleaks”.

Todas as mensagens são em inglês. A maioria apenas republica mensagens do site oficial da organização ou do Anonymous. Uma delas fala de um “movimento global contra o mundo financeiro”.

Nesta quinta-feira (24), o juiz britânico Howard Riddle aprovou a extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, para a Suécia. O país quer a extradição por afirmar que ele é suspeito de quatro crimes sexuais. De acordo com a rede britânica BBC, o juiz comunicou a decisão na corte de Belmarsh Magistrates Court, em Londres.

Fonte: G1

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