Bovespa se firma em campo negativo

Após passar a primeira hora do pregão de lado, alternando altas e baixas, a Bovespa se firmou no campo negativo, acompanhando o movimento de Wall Street. Blue chips e o setor de construção são destaque entre as quedas, enquanto Ambev e OGX puxam as altas.

Às 12h39, o Ibovespa registrava baixa de 0,60%, aos 66.975 pontos, após alcançar a máxima de 67.708 pontos (+0,48%) e a mínima de 66.901 pontos (-0,72%). O giro financeiro era de R$ 1,61 bilhão, com previsão para alcançar os R$ 7,13 bilhões no encerramento da sessão. Em Nova York, o Dow Jones cedia 0,29% e o S&P 500 recuava 0,45%.

Alguns operadores acreditam que o mercado perdeu força na medida que cresce o medo de que os conflitos no Oriente Médio se agravem. A notícia de que a Arábia Saudita enviou cerca de 30 tanques ao Bahrein na noite de segunda-feira, publicada pelo jornal egípcio Al-Masry Al-Youm em seu site, foi citada pelos profissionais.

As construtoras seguem sob o holofote, enquanto investidores digerem os impactos do corte de R$ 5,1 bilhões dos recursos destinados ao programa "Minha Casa, Minha Vida", anunciado ontem pelo governo. Há pouco, Gafisa recuava 2,73% e Rossi perdia 2,17%, ambas entre as maiores baixas do Ibovespa. Também operam em baixa MRV (-1,06%), PDG (-0,55%), Cyrela (-0,54%) e Brookfield (-1,29%).

Ontem a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou que a previsão de gastos com o programa este ano foi reduzida de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões. Segundo ela, a queda no valor se deve ao fato de o Congresso Nacional ainda não ter aprovado a segunda fase do programa. A previsão é que isso ocorra somente em abril ou maio.

Ambev e OGX

Ambev sobe 1,52%, capitaneando a lista de maiores altas do Ibovespa. Operadores avaliam que o papel se recupera de queda recente - acumula perdas de pouco mais de 11% no ano - e também se beneficia da expectativa de que apresente bons resultados. Os dados do quarto trimestre e do fechado de 2010 serão divulgados na próxima quinta-feira, antes da abertura do mercado.

OGX, do empresário Eike Batista, avança 0,93%, também entre as maiores altas. Hoje a empresa anunciou que identificou a presença de hidrocarbonetos nas seções albiana e aptiana do poço 1-OGX-31-RJS, na Bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação no bloco.

Também aparecem no grupo de maiores altas Lojas Renner (+1,06%), Souza Cruz (+0,75%), CCR (+0,71%), Cemig (0,58%), B2W (+0,39%) e Ultrapar (+0,31%).

Petrobrás e Vale

Petrobrás, que oscilou entre altas e baixas na abertura dos negócios, agora registra perdas com a PN recuando 0,52% e ON cedendo 0,61%. Juntas as duas ações respondem por pouco mais de 30% do volume negociado até o momento.

Outra blue chip, a Vale acompanha o movimento, coma PNA recuando 0,44% e ON cedendo 0,89%. As siderúrgicas também caem em bloco com Gerdau (-0,36%), Gerdau Metalúrgica (-0,70%), Usiminas ON (-1,04%), Usiminas PNA (-0,84%) e CSN (-1,20%).

Bancos também caem em bloco com Itaú Unibanco (-1,30%), Bradesco (0,91%), Banco do Brasil (-1,38%) e as units do Santander (-1,29%).

Também fazem parte da lista de quedas do Ibovespa Telemar ON (-3,01%), Hypermarcas (-2,58%), Klabin (-2,11%), PortX (-1,81%) e Eletrobras PNB (-1,55%).

Fonte: AE

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