O governo decidiu ontem aumentar a intensidade das medidas para estancar a queda do dólar em relação ao real.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida provisória publicada ontem criou uma espécie de "pedágio" para os investidores que apostarem na queda da moeda americana. Por ora, os contratos de câmbio desses investidores pagarão IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1%. A medida prevê, porém, que o governo possa elevar esse imposto para até 25%, quando quiser.
Com isso, o governo quer frear o apetite dos investidores que apostam na alta do real e, assim, conter a desvalorização do dólar.
O dólar baixo é vantagem para o consumidor porque barateia importados e viagens ao exterior, mas prejudica as exportações das empresas brasileiras, que podem quebrar ou reduzir sua produção, o que causaria demissões no país.
Dólar reage e sobe 1,35%
O mercado logo reagiu às medidas, e o dólar teve ontem a maior alta diária desde 4 de junho de 2010. No fechamento, a moeda americana subiu 1,35% e foi a R$ 1,5595. A moeda vinha caindo havia seis pregões e atingindo patamares de 1999.
O anúncio afetou o mercado de ações. Os investidores retiraram recursos da Bolsa, colocando-os em opções mais seguras, como o ouro. O Ibovespa caiu 1,77%, enquanto o ouro bateu níveis recordes.
Fonte: Destak
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