Em um momento que o governo admite rever as regras para aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), fixando idade mínima de 65 para os homens e de 63 para as mulheres, garantir um futuro melhor se tornou quase uma obrigação. Historicamente, os brasileiros não costumam poupar para enfrentar dificuldades. Nos últimos anos, por sinal, gastaram o que podiam e o que não podiam para saciar necessidades reprimidas de consumo. O quadro atual, porém, é de cautela. Um produto que se deixa de comprar hoje ou amanhã pode, ao longo dos anos, se transformar em uma renda líquida, livre de impostos, de até R$ 10 mil por mês (ou bruta de R$ 11.990).
Os especialistas são taxativos: um jovem de 25 anos que guardar R$ 250 todo mês poderá ter, a partir dos 55 anos, remuneração mensal de R$ 680 a R$ 1.150 só por conta da fatia do rendimento mensal que fica acima da inflação, tomando por base a rentabilidade média dos investimentos em fundos de previdência, de ações e em título públicos nos últimos 10 anos. O capital juntado no período, de R$ 200 mil, continua na sua conta, mantendo seu poder de compra. Se a pessoa economizar o dobro todo mês, R$ 500, conseguirá renda líquida bem maior, de R$ 1.460 a R$ 2.725 por mês, mantendo na conta um patrimônio de R$ 431 mil a R$ 591 mil. Poupar R$ 2 mil por mês a partir dos 30 anos poderá representar, aos 60 anos, rendimento mensal líquido de R$ 10 mil, sem mexer no montante acumulado de até R$ 2,2 milhões.
A diferença entre uma renda mais alta ou mais baixa está na forma como o poupador cuidará das suas economias. Ele pode optar por um fundo de previdência privada, aplicações de renda fixa ou montar sua própria carteira de investimento, a partir da compra direta de títulos do governo federal, pelo site da Secretaria do Tesouro Nacional. “Muita gente não sabe, mas as taxas de carregamento e de administração cobradas pelos bancos corroem boa parte dos rendimentos de quem investe em fundos de previdência. Por isso, é preciso ficar bem atento. Muitas vezes, montar a própria carteira de investimentos resulta em ganhos maiores”, diz Amerson Magalhães, diretor da Corretora Easynvest. A pedido do Correio, ele fez algumas simulações de renda a partir de depósitos mensais de R$ 500, R$ 1 mil e R$ 2 mil (veja quadro), conforme o investimento.
Pesquise muito
O resultado é que uma carteira própria, composta de 70% de títulos adquiridos por meio do Tesouro Direto e de 30% de um fundo de ações, pode resultar em uma renda quase duas vezes maior do que a oferecida pelos planos de previdência na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), cuja tributação do Imposto de Renda é mais branda que a do PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Esse último, no entanto, dá direito a abater os valores depositados até o limite de 12% dos rendimentos tributáveis na Declaração Anual do Imposto de Renda.
Os fundos de previdência privada cobram dois tipos de taxas: a de administração, para gerir os recursos; e a de carregamento, um percentual descontado todo mês do valor depositado. Por isso, não basta apenas comparar a rentabilidade entre fundos de previdência e demais aplicações, pois o desconto por conta das taxas não aparece nos percentuais informados na hora da comparação.“Os cálculos mostram que vale a pena buscar taxas de administração e de carregamento mais baixas. É preciso fazer uma grande pesquisa de mercado, achar um administrador confiável, que tenha história, e comparar o custo de um e outro. A longo prazo, fará muita diferença no total acumulado”, aconselha Magalhães.
Nos cálculos, ele levou em consideração os rendimentos médios líquidos nos últimos 10 anos dos VGBL, dos títulos públicos e de fundos de ações do tipo ETF (Exchange Traded Funds), que reproduzem a composição de índices negociados na bolsa, como o índice Bovespa (Ibovespa). Magalhães alerta, no entanto, que não há garantia dos mesmos rendimentos nas próximas décadas. “No caso dos ETFs, o investidor aplica em cotas de um fundo e não tem que avaliar que ação comprar ou vender. É o administrador do ETF que faz isso”, ressalta.
Ana D'angelo
Os especialistas são taxativos: um jovem de 25 anos que guardar R$ 250 todo mês poderá ter, a partir dos 55 anos, remuneração mensal de R$ 680 a R$ 1.150 só por conta da fatia do rendimento mensal que fica acima da inflação, tomando por base a rentabilidade média dos investimentos em fundos de previdência, de ações e em título públicos nos últimos 10 anos. O capital juntado no período, de R$ 200 mil, continua na sua conta, mantendo seu poder de compra. Se a pessoa economizar o dobro todo mês, R$ 500, conseguirá renda líquida bem maior, de R$ 1.460 a R$ 2.725 por mês, mantendo na conta um patrimônio de R$ 431 mil a R$ 591 mil. Poupar R$ 2 mil por mês a partir dos 30 anos poderá representar, aos 60 anos, rendimento mensal líquido de R$ 10 mil, sem mexer no montante acumulado de até R$ 2,2 milhões.
A diferença entre uma renda mais alta ou mais baixa está na forma como o poupador cuidará das suas economias. Ele pode optar por um fundo de previdência privada, aplicações de renda fixa ou montar sua própria carteira de investimento, a partir da compra direta de títulos do governo federal, pelo site da Secretaria do Tesouro Nacional. “Muita gente não sabe, mas as taxas de carregamento e de administração cobradas pelos bancos corroem boa parte dos rendimentos de quem investe em fundos de previdência. Por isso, é preciso ficar bem atento. Muitas vezes, montar a própria carteira de investimentos resulta em ganhos maiores”, diz Amerson Magalhães, diretor da Corretora Easynvest. A pedido do Correio, ele fez algumas simulações de renda a partir de depósitos mensais de R$ 500, R$ 1 mil e R$ 2 mil (veja quadro), conforme o investimento.
Pesquise muito
O resultado é que uma carteira própria, composta de 70% de títulos adquiridos por meio do Tesouro Direto e de 30% de um fundo de ações, pode resultar em uma renda quase duas vezes maior do que a oferecida pelos planos de previdência na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), cuja tributação do Imposto de Renda é mais branda que a do PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Esse último, no entanto, dá direito a abater os valores depositados até o limite de 12% dos rendimentos tributáveis na Declaração Anual do Imposto de Renda.
Os fundos de previdência privada cobram dois tipos de taxas: a de administração, para gerir os recursos; e a de carregamento, um percentual descontado todo mês do valor depositado. Por isso, não basta apenas comparar a rentabilidade entre fundos de previdência e demais aplicações, pois o desconto por conta das taxas não aparece nos percentuais informados na hora da comparação.“Os cálculos mostram que vale a pena buscar taxas de administração e de carregamento mais baixas. É preciso fazer uma grande pesquisa de mercado, achar um administrador confiável, que tenha história, e comparar o custo de um e outro. A longo prazo, fará muita diferença no total acumulado”, aconselha Magalhães.
Nos cálculos, ele levou em consideração os rendimentos médios líquidos nos últimos 10 anos dos VGBL, dos títulos públicos e de fundos de ações do tipo ETF (Exchange Traded Funds), que reproduzem a composição de índices negociados na bolsa, como o índice Bovespa (Ibovespa). Magalhães alerta, no entanto, que não há garantia dos mesmos rendimentos nas próximas décadas. “No caso dos ETFs, o investidor aplica em cotas de um fundo e não tem que avaliar que ação comprar ou vender. É o administrador do ETF que faz isso”, ressalta.
Ana D'angelo
Comentários