Tesouro Direto rende bem mais que poupança com segurança - saiba escolher

republicado de InfoMoney

SÃO PAULO – Com o contexto da economia brasileira pautado em uma taxa básica de juros (Selic) alcançando 14,25% ao ano e uma inflação que fechou o ano de 2015 em 10,5%, não é de se surpreender que dúvidas referentes às melhores opções de investimentos sejam frequentes. Os números, que são assustadores para quem está repleto de dívidas e financiamentos, se mostram favoráveis àqueles que têm dinheiro a investir.

Para quem busca rendimentos superiores aos da poupança, os títulos do Tesouro Direto são uma ótima opção. Além de possuírem uma rentabilidade maior que a da caderneta, é o tipo de investimento mais seguro do mercado, pois é a única aplicação financeira garantida pelo Tesouro Nacional.

Com objetivos claros e bem definidos, escolher o título adequado fica mais fácil, afirma educador financeiro (Marcos Santos/USP Imagens)
Com objetivos claros e bem definidos, escolher o título adequado fica mais fácil, afirma educador financeiro (Marcos Santos/USP Imagens)

Outro ponto a ser destacado é a facilidade de investir: qualquer pessoa titular de conta corrente de alguma instituição financeira pode se cadastrar para comprar títulos do Tesouro, que podem ser adquiridos a partir de R$ 30,00.

Apesar de simples, investir em títulos públicos requer alguns cuidados. Para Rafael Seabra, educador financeiro e idealizador do blog Quero Ficar Rico, o principal deles é adequar a escolha do título ao prazo de seu objetivo financeiro. Desse modo, se a intenção é comprar um imóvel daqui a cinco anos, não faz sentido escolher um título que só vai vencer daqui a 20 anos. O mesmo acontece se o investimento tiver como foco a aposentadoria, por exemplo: não há necessidade de comprar um título com data de vencimento inferior a três anos.

Com objetivos claros e definidos, escolher o título adequado fica mais fácil. É importante lembrar, contudo, que mesmo com alta liquidez e baixo investimento inicial, o ideal é que o título seja mantido até a data de vencimento, para que o rendimento total esteja de acordo com o estipulado a princípio. “O ideal é comprar o título e mantê-lo até o vencimento, mesmo sendo possível vendê-lo a qualquer momento”, alerta o consultor.

São três os tipos de títulos disponíveis para investimento:

Títulos prefixados: A rentabilidade é dada através de uma taxa preestabelecida no momento da compra, o que permite o cálculo da rentabilidade anual caso o título seja mantido até o vencimento.

Títulos indexados à taxa Selic: A rentabilidade é dada pela variação da taxa Selic enquanto você possui-lo em sua carteira. Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano. Consequentemente, essa será a sua rentabilidade bruta (ainda é preciso descontar o IR) caso a taxa não se altere nos próximos meses.

Títulos indexados à inflação: A rentabilidade é contabilizada por uma taxa prefixada acrescida da variação da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Se considerado a inflação do ano passado (10,5%) e a taxa atual oferecida por este título (6,5% a.a.), a rentabilidade seria acima de 17% a.a., caso estes índices se mantenham.

Na escolha do título do tesouro que melhor se encaixe às necessidades de cada investidor, Rafael faz uma orientação: “Para investimentos de curto prazo, títulos prefixados ou indexados à taxa Selic são boas opções. Para o longo prazo, títulos indexados ao IPCA são mais vantajosos, por proteger seu investimento da inflação. Caso o investidor não tenha certeza se poderá manter seu investimento até o vencimento do título, a melhor opção é o Tesouro Selic (título indexado à taxa Selic)”.

Comentários