Em 2010, custo do almoço na rua subiu o dobro da inflação oficial, que foi de 5,91% no período
O trabalhador brasileiro que precisa almoçar fora pagou, em média, R$ 21,11 por refeição em 2010, um aumento de 16% ante o ano anterior.
Na capital paulista e em Brasília, o custo médio de um almoço completo em restaurante subiu 14,32% e 13,3%, respectivamente, o dobro da inflação oficial no período, que foi de 5,91%.
Em São Paulo, o preço de uma refeição em restaurantes que aceitam tíquetes-refeição subiu a R$ 21,72; em Brasília, custava R$ 22,77.
No Rio, que tem a refeição mais cara do país, R$ 26,57, o salto foi de 30,24%, cinco vezes a inflação oficial.
Em Campo Grande, o aumento chegou a 43%.
As conclusões são parte da pesquisa anual feita pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) que computa o custo do prato principal, bebida, sobremesa e café.
Motivos
Além da alta generalizada dos alimentos (em especial carne e feijão), o crescimento da renda dos trabalhadores, o aumento dos preços do aluguel e dos salários explicam o avanço exponencial no custo da comida no ano passado.
No caso do Rio, o presidente da Assert, Artur Almeida, destacou ainda que o período em que foi realizado o levantamento (22 de novembro a 6 de dezembro de 2010) coincidiu com o fim de ano, quando os preços são puxados pela demanda mais aquecida por refeições fora.
VR não chega ao fim do mês
Como o valor médio dos vouchers e cartões de vale-refeição é de R$ 10, a pesquisa aponta também que o trabalhador brasileiro não está conseguindo comer todos os dias do mês utilizando o benefício de refeição convênio.
No Rio, o trabalhador precisa bancar 16,57 por dia, ou R$ 331,4 por mês. Em um ano, o carioca gasta, em média, R$ 3.645 a mais para conseguir almoçar perto da empresa. Em Brasília são R$ 12,77 por dia, ou R$ 255 por mês. Ao fim de um ano, o prejuízo é de R$ 2.809 para o profissional.
Fonte: Destak
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