Preço de imóveis sobe 79% em 3 anos



Fipe e portal Zap lançam índice inédito que mede valorização real com base em anúncios

O preço dos imóveis anunciados na cidade de São Paulo subiu 79% nos últimos três anos. No Rio, a variação no mesmo período foi ainda maior: de 95%.

Os números fazem parte de um índice inédito de preços de imóveis residenciais que segue a evolução do mercado em seis capitais e no Distrito Federal. Esse índice foi lançado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo portal Zap Imóveis.

O índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados se baseia no banco de anúncios do Zap, com cerca de 200 mil registros mensais.

Os imóveis de um e dois dormitórios em São Paulo foram os que mais se valorizaram em três anos: 88%. Os de quatro dormitórios foram os que menos subiram (56%).

Nos últimos 12 meses, os apartamentos na capital tiveram alta de 24%.

André Molinari, diretor-geral do Zap, aponta alguns fatores para a valorização: as políticas públicas de habitação e financiamento, leis de proteção ao mercado (como a nova Lei do Inquilinato), a queda na taxa de juros e a alta da renda dos brasileiros.

O novo indicador mostra que, em janeiro, os imóveis residenciais na cidade ficaram, em média, 1,7% mais caros que em dezembro. O desempenho é menor que no mês anterior, quando a valorização foi de 2,1%. Apesar da desaceleração, ainda não é possível falar em tendência de queda, segundo o coordenador do levantamento, Eduardo Zylberstajn.

Na média, o metro quadrado mais caro do país é o do DF (R$ 7.004), seguido por Rio (R$ 5.655) e São Paulo (R$ 4.858).

Na capital paulista, o metro quadrado mais caro é o da região das mansões do Morumbi: R$ 7.592.

Lançamentos na cidade crescem 18%

Em 2010, o número de lançamentos de imóveis novos na Região Metropolitana de São Paulo deu um salto de 18% ante 2009. Apesar desse aumento, as vendas ficaram estáveis.

Segundo balanço do Secovi-SP (Sindicato de Habitação), a cidade ganhou 37.304 novas unidades no ano passado. No período, foram vendidos 35.869 imóveis, número praticamente igual ao volume escoado em 2009, de 35.832 imóveis. Vale lembrar que, em 2009, o país sofria com os efeitos da crise financeira global.

Segundo o Secovi, 2010 consolidou a tendência de migração dos investimentos imobiliários da capital para cidades da região metropolitana.

Fonte: Destak

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