Na terça-feira (22/03), a Bovespa mais uma vez contrariou a lógica e operou em sentido oposto na contramão do mercado externo, com alta firme que a levou de volta aos 67 mil pontos. As ações da Petrobras e dos bancos puxaram o índice. O Ibovespa terminou a sessão em alta de 1,33%, aos 67.578 pontos. No mês, o índice acumula alta de 0,29% e, no ano, queda de 2,49%. O giro financeiro totalizou R$ 6,8 bilhões.
No caso da Petrobras, as ações avançaram com a sinalização dada pelo presidente de que o plano de negócio da companhia para o período de 2011 a 2015 deverá ser alterado para cima. Também favoreceu o desempenho das ações o comportamento altista do petróleo no exterior, ainda influenciado pela situação na Líbia. Ainda no setor petrolífero, os títulos da OGX registraram forte alta, reagindo ao anúncio da nova descoberta de hidrocarbonetos, em águas rasas da parte sul da Bacia de Campos. Já os papéis de bancos, construtoras e de empresas ligadas ao consumo foram afetados pelo depoimento do presidente do Banco Central na CAE do Senado. Ele se mostrou confiante de que a união da política monetária e medidas macroprudenciais favorecerá a aproximação da inflação para mais perto do centro da meta. Assim, a trajetória de aumento da taxa de juros não deve se prolongar, o que beneficia tanto os financiamentos imobiliários quanto o consumo. No exterior, as bolsas registraram pequenas perdas, após três dias de ganhos, influenciadas por indicadores fracos nos EUA. O Dow Jones recuou 0,15%, aos 12.019 pontos, o S&P perdeu 0,36%, e o Nasdaq caiu 0,31%.
Os investidores estrangeiros voltaram a retirar seguidamente recursos na Bovespa, em 18/03, o volume foi de R$ 464,2 milhões. No acumulado do mês de março, saldo negativo ficou em R$ 1.828,6 milhões e no ano, o capital externo na Bovespa está negativo em R$ 2.611,6 milhões.
Os combates na Líbia e a turbulência política no Oriente Médio mantêm os preços do petróleo sob pressão e sem perspectiva de nenhum alívio no curtíssimo prazo. O contrato do WTI para maio na Nymex está cotado em US$ 105,31/barril +0,32%) e o Brent na plataforma ICE também para maio (+0,13%, a US$ 115,85/barril).
A agenda desta quarta-feira tem como destaque o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de março, além do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), até 22/03. Nos EUA, saem os dados de vendas de imóveis novos, os estoques de petróleo e o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, discursa. A inflação apurada pelo IPC-S ganhou força, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas. O índice subiu 0,69% até a quadrissemana encerrada em 22 de março, taxa maior do que a apurada na variação registrada na primeira quadrissemana de março, quando avançou 0,64%. O IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de março. A inflação desacelerou neste mês de março, passando para +0,60%, de +0,97% em fevereiro. O dado veio acima da variação média estimada de 0,53%. Nos EUA, o Departamento do Comércio divulga o dado das vendas de imóveis residenciais novos de fevereiro, cuja previsão é de 290 mil, equivalente a uma variação de +2,1% sobre o dado anterior.
A Bolsa de Tóquio fechou em queda num pregão volátil, puxada para baixo pelas realizações de lucros que se seguiram aos ganhos acentuados de terça-feira e à notícia de contaminação radioativa no sistema de abastecimento de água da capital japonesa. O índice Nikkei teve perda de 1,7%. A Bolsa de Xangai subiu 1,0% e em Hong Kong, o Indice Hang Seng recuou 0,1%.
Os principais índices de ações da Europa registram leve alta nesta quarta-feira (23/03), com o mercado repercutindo novamente a crise das dívidas na Europa. A votação no Parlamento de Portugal do pacote de austeridade fiscal pode levar à queda do primeiro-ministro e abrir caminho para um pedido de resgate financeiro, caso as propostas não sejam aprovadas. Rumores sobre a reestruturação da dívida na Irlanda e também na Grécia adicionam pressão sobre o euro. O custo do seguro contra default da dívida de países da periferia da zona do euro aumentou nesta manhã, ao mesmo tempo em que os bônus soberanos sofriam pressão vendedora.
A cautela segue revestindo os negócios nas Bolsas dos EUA, onde os índices futuros sinalizavam uma abertura em leve alta no pregão dessa quarta-feira. Na Bovespa, os investidores devem ainda manter cautela e atenção as notícias no mercado internacional e ter movimentos semelhantes aos principais mercados internacionais, com a Europa novamente no foco.
Bom dia e sucesso nos negócios!
Jose Cataldo
No caso da Petrobras, as ações avançaram com a sinalização dada pelo presidente de que o plano de negócio da companhia para o período de 2011 a 2015 deverá ser alterado para cima. Também favoreceu o desempenho das ações o comportamento altista do petróleo no exterior, ainda influenciado pela situação na Líbia. Ainda no setor petrolífero, os títulos da OGX registraram forte alta, reagindo ao anúncio da nova descoberta de hidrocarbonetos, em águas rasas da parte sul da Bacia de Campos. Já os papéis de bancos, construtoras e de empresas ligadas ao consumo foram afetados pelo depoimento do presidente do Banco Central na CAE do Senado. Ele se mostrou confiante de que a união da política monetária e medidas macroprudenciais favorecerá a aproximação da inflação para mais perto do centro da meta. Assim, a trajetória de aumento da taxa de juros não deve se prolongar, o que beneficia tanto os financiamentos imobiliários quanto o consumo. No exterior, as bolsas registraram pequenas perdas, após três dias de ganhos, influenciadas por indicadores fracos nos EUA. O Dow Jones recuou 0,15%, aos 12.019 pontos, o S&P perdeu 0,36%, e o Nasdaq caiu 0,31%.
Os investidores estrangeiros voltaram a retirar seguidamente recursos na Bovespa, em 18/03, o volume foi de R$ 464,2 milhões. No acumulado do mês de março, saldo negativo ficou em R$ 1.828,6 milhões e no ano, o capital externo na Bovespa está negativo em R$ 2.611,6 milhões.
Os combates na Líbia e a turbulência política no Oriente Médio mantêm os preços do petróleo sob pressão e sem perspectiva de nenhum alívio no curtíssimo prazo. O contrato do WTI para maio na Nymex está cotado em US$ 105,31/barril +0,32%) e o Brent na plataforma ICE também para maio (+0,13%, a US$ 115,85/barril).
A agenda desta quarta-feira tem como destaque o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de março, além do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), até 22/03. Nos EUA, saem os dados de vendas de imóveis novos, os estoques de petróleo e o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, discursa. A inflação apurada pelo IPC-S ganhou força, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas. O índice subiu 0,69% até a quadrissemana encerrada em 22 de março, taxa maior do que a apurada na variação registrada na primeira quadrissemana de março, quando avançou 0,64%. O IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de março. A inflação desacelerou neste mês de março, passando para +0,60%, de +0,97% em fevereiro. O dado veio acima da variação média estimada de 0,53%. Nos EUA, o Departamento do Comércio divulga o dado das vendas de imóveis residenciais novos de fevereiro, cuja previsão é de 290 mil, equivalente a uma variação de +2,1% sobre o dado anterior.
A Bolsa de Tóquio fechou em queda num pregão volátil, puxada para baixo pelas realizações de lucros que se seguiram aos ganhos acentuados de terça-feira e à notícia de contaminação radioativa no sistema de abastecimento de água da capital japonesa. O índice Nikkei teve perda de 1,7%. A Bolsa de Xangai subiu 1,0% e em Hong Kong, o Indice Hang Seng recuou 0,1%.
Os principais índices de ações da Europa registram leve alta nesta quarta-feira (23/03), com o mercado repercutindo novamente a crise das dívidas na Europa. A votação no Parlamento de Portugal do pacote de austeridade fiscal pode levar à queda do primeiro-ministro e abrir caminho para um pedido de resgate financeiro, caso as propostas não sejam aprovadas. Rumores sobre a reestruturação da dívida na Irlanda e também na Grécia adicionam pressão sobre o euro. O custo do seguro contra default da dívida de países da periferia da zona do euro aumentou nesta manhã, ao mesmo tempo em que os bônus soberanos sofriam pressão vendedora.
A cautela segue revestindo os negócios nas Bolsas dos EUA, onde os índices futuros sinalizavam uma abertura em leve alta no pregão dessa quarta-feira. Na Bovespa, os investidores devem ainda manter cautela e atenção as notícias no mercado internacional e ter movimentos semelhantes aos principais mercados internacionais, com a Europa novamente no foco.
Bom dia e sucesso nos negócios!
Jose Cataldo
Comentários