Como 'parcelado sem juros' escapa do IOF maior, analistas esperam aumento da oferta da modalidade
Bancos e varejistas vão encontrar canais alternativos para driblar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para 3% ao ano no crédito para pessoa física, anunciado na semana passada pelo governo.
Especialistas dizem que as compras parceladas sem juros no cartão de crédito, que não pagam IOF, devem crescer nos próximos meses, segundo a Agência Estado.
Para os cartões de crédito, o imposto não é cobrado para quem paga todo o valor da fatura no vencimento. Apenas quem faz parcelamento e rola o saldo devedor paga IOF e foi afetado pelo reajuste da alíquota. Nesse caso, o cliente pagará 0,0082% ao dia (o que dá 3% ao ano) mais 0,38% sobre o valor da dívida.
As compras feitas no exterior com cartão continuam com alíquota de 6,38%.
O cheque pré-datado, que escapa ao aperto, também deverá ser mais acionado daqui para frente, estimam analistas. Além disso, em vez de emprestar para o consumidor, os bancos podem reforçar acordos com redes de varejo, liberando o crédito para os lojistas para que estes financiem as compras diretamente a seus clientes, escapando do IOF maior.
Carros e consignado
Por tudo isto, a maioria dos analistas está cética quanto à eficácia do aumento do IOF para frear o crédito às pessoas físicas e, assim, desestimular o consumo para debelar a inflação. O índice oficial de preços já acumula alta de 6,3% em 12 meses, perto do teto da meta do governo, que é de 6,5%.
A medida anunciada deve ter impacto negativo principalmente em linhas como crédito consignado e financiamento de veículos. A razão é que são os segmentos com menor taxa de juros quando comparados a outras linhas, por isso são mais sensíveis ao aumento do IOF.
Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo pode adotar mais medidas para controlar a inflação.
Novo IOF não vale para crédito imobiliário
Na sexta-feira, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda corrigiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e informou que o financiamento imobiliário não será afetado com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) maior, de 3%.
Por serem isentos de IOF, os financiamentos para imóveis residenciais não foram afetados pelo aumento.
O crédito para a compra de imóveis comerciais, no entanto, teve o IOF reajustado, mas o imposto maior só será cobrado se o comprador for pessoa física. Nesse caso, haverá a incidência de 3% de IOF ao ano mais 0,38% sobre o valor da operação.
O leasing,por ser considerado serviço, também não paga IOF. Portanto, o imposto ampliado também não afetará essas operações.
Fonte: Destak
Bancos e varejistas vão encontrar canais alternativos para driblar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para 3% ao ano no crédito para pessoa física, anunciado na semana passada pelo governo.
Especialistas dizem que as compras parceladas sem juros no cartão de crédito, que não pagam IOF, devem crescer nos próximos meses, segundo a Agência Estado.
Para os cartões de crédito, o imposto não é cobrado para quem paga todo o valor da fatura no vencimento. Apenas quem faz parcelamento e rola o saldo devedor paga IOF e foi afetado pelo reajuste da alíquota. Nesse caso, o cliente pagará 0,0082% ao dia (o que dá 3% ao ano) mais 0,38% sobre o valor da dívida.
As compras feitas no exterior com cartão continuam com alíquota de 6,38%.
O cheque pré-datado, que escapa ao aperto, também deverá ser mais acionado daqui para frente, estimam analistas. Além disso, em vez de emprestar para o consumidor, os bancos podem reforçar acordos com redes de varejo, liberando o crédito para os lojistas para que estes financiem as compras diretamente a seus clientes, escapando do IOF maior.
Carros e consignado
Por tudo isto, a maioria dos analistas está cética quanto à eficácia do aumento do IOF para frear o crédito às pessoas físicas e, assim, desestimular o consumo para debelar a inflação. O índice oficial de preços já acumula alta de 6,3% em 12 meses, perto do teto da meta do governo, que é de 6,5%.
A medida anunciada deve ter impacto negativo principalmente em linhas como crédito consignado e financiamento de veículos. A razão é que são os segmentos com menor taxa de juros quando comparados a outras linhas, por isso são mais sensíveis ao aumento do IOF.
Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo pode adotar mais medidas para controlar a inflação.
Novo IOF não vale para crédito imobiliário
Na sexta-feira, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda corrigiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e informou que o financiamento imobiliário não será afetado com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) maior, de 3%.
Por serem isentos de IOF, os financiamentos para imóveis residenciais não foram afetados pelo aumento.
O crédito para a compra de imóveis comerciais, no entanto, teve o IOF reajustado, mas o imposto maior só será cobrado se o comprador for pessoa física. Nesse caso, haverá a incidência de 3% de IOF ao ano mais 0,38% sobre o valor da operação.
O leasing,por ser considerado serviço, também não paga IOF. Portanto, o imposto ampliado também não afetará essas operações.
Fonte: Destak
Comentários