Inflação tem a maior alta em oito anos


IPCA aumenta com 'repique' inesperado nos alimentos; índice de preços já ameaça a meta do governo

Com "repique" inesperado nos preços dos alimentos, o IPCA, a inflação oficial, teve a maior alta para um mês de março desde 2003, segundo o IBGE.

O indicador de preços subiu 0,79% no mês passado, em linha com fevereiro (0,80%).

O resultado surpreendeu o mercado, que esperava uma desaceleração nos preços, principalmente dos alimentos. A alimentação, que havia avançado 1,16% em janeiro e reduzido para 0,23% em fevereiro, voltou a subir de forma significativa, aumentando 0,75% em março.

"Todos os analistas se enganaram. Houve um repique da inflação de alimentos, que não era esperado. Tem a ver com o regime de chuvas", disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Entre os alimentos, a batata, com alta de 12,40%, o ovo ( 5,08%), o feijão carioca (1,71%), o açúcar (1,48%) e o leite (0,73%) foram os que mais contribuíram para a alta.

Transportes e vestuário

Não foram só os alimentos que subiram. A alta foi generalizada por vários produtos e serviços, entre eles os transportes.

Em março, a locomoção foi mais cara, por conta da alta do preço do etanol (10,78%), da gasolina (1,97%) e das passagens aéreas (29,13%).

O custo do vestuário também aumentou: 0,56%.

Novas medidas

Com o aumento de março, o IPCA já acumula alta de 6,30% em 12 meses, perto do teto da meta do governo, que é de 6,50%.

Diante disso, Mantega admitiu ontem atuar para controlar a inflação. "Estamos vigilantes. Vamos tomar medidas em relação a isso", disse.

Poupança tem perda real de 0,66% no ano.

Fonte: Destak

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