Exame analisa parte do cromossomo para calcular envelhecimento e deve custar R$ 1,1 mil
Antes mesmo de ser oferecido ao público, já gera polêmica um exame de sangue desenvolvido pela empresa espanhola Life Length que promete calcular o envelhecimento e estimar o tempo de vida das pessoas.
Segundo os pesquisadores que desenvolveram o teste, a análise do tamanho de uma parte dos cromossomos, chamada de telômero, seria capaz de indicar o ritmo de envelhecimento das pessoas e, consequentemente, estimar o tempo de vida restante.
Diversos estudos indicam que pessoas com telômeros mais curtos tendem a morrer mais jovens do que aquelas com telômeros mais longos.
Informação genética
Além de funcionar como uma espécie de proteção, o telômero garante que as informações genéticas sejam copiadas corretamente toda vez que um cromossomo é duplicado, durante a divisão celular. É aí que eles encurtam.
"Saber se nossos telômeros estão um em comprimento normal ou não para determinada idade cronológica poderá indicar nosso estado de saúde e nossa idade fisiológica antes mesmo de algumas doenças aparecerem", explicou Maria A. Blasco, coordenadora do Grupo de Telômeros e Telomerase do Centro Nacional de Pesquisa sobre Câncer da Espanha, e uma das fundadoras da Life Length, em entrevista à revista especializada Scientific American.
Risco maior
O exame pode despertar o interesse de empresas de assistência médica, planos de saúde e seguro de vida.
"O preocupante é que, se essa informação se torna verossímil, as companhias de seguros vão passar a exigi-la. Se você fuma ou é obeso, o prêmio de seu seguro é mais alto, e se você tiver telômeros mais curtos, ele também será", afirma o professor Jerry Shay, do centro médico da Universidade do Sudoeste do Texas, em Dallas, no EUA.
Testes com telômeros devem estar disponíveis para o público em geral em cinco ou dez anos. A previsão é de que, na Europa, custe o equivalente a R$ 1,1 mil. Cientistas pedem que se criem controles éticos.
Fonte: Destak
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