Por Arthur Ordones
Segundo o levantamento, a qualidade dos serviços prestados, somada aos custos com as operações deve ser levada em consideração antes que o investidor escolha sua corretora
Os custos com as operações realizadas em corretoras, como taxas de corretagem, custódia e manutenção da conta, podem variar até 557,20%, de acordo com pesquisa da Proteste realizada de forma quantitativa e qualitativa com 10 grandes corretoras. Segundo o levantamento, a qualidade dos serviços prestados também deve ser levada em consideração na hora da escolha.
A pesquisa dividiu os investidores em três perfis e atribuiu a cada um deles uma quantia média a ser aplicada na bolsa anualmente. O Perfil 1 leva em conta uma média de seis operações com valor de R$ 2,4 mil em cada uma. O Perfil 2 negocia 18 operações por ano, cada uma no valor de R$ 5 mil, enquanto o Perfil 3 opera 36 vezes, negociando R$ 10 mil por vez, em 365 dias.
O resultado do levantamento mostrou que o valor gasto em um ano com taxas no Perfil 1 pode variar de R$ 154, na corretora mais em conta, até R$ 569, na mais cara, o que mostra uma variação de 269,48%. O Perfil 2 obteve uma variação de R$ 302 até R$ 1.295 por ano, na corretora com preços mais expansivos, o que representa 328,31%. Já o Perfil 3 poderá gastar em um ano de R$ 486 a R$ 3.194 em taxas, ou seja, uma diferença de 557,20% entre as corretoras.
Custos X Qualidade
A economista e técnica da Proteste, Veronica Dutt-Ross, afirmou ao InfoMoney que, além do custo, a qualidade também tem que ser priorizada, afinal, se a taxa for muito baixa, mas o servidor cair a cada ordem de compra ou venda, o serviço não vale a pena.
“Já no caso do Perfil 3, que corresponde a um investidor mais qualificado, uma corretora com taxa fixa (que não cobra a cada ordem) pode valer a pena mesmo se a navegação do Home Broker não for excelente, pois como o volume de negociações é muito grande, acaba compensando, afinal, uma diferença de R$ 2.708 por ano (diferença entre a corretora com maior e menor custo entre as analisadas pela pesquisa) é grande demais até para o investidor qualificado. Lembre-se, esse valor é só em taxas”, alertou a economista.
Em relação à parte qualitativa, a pesquisa levou em consideração os seguintes quesitos: abertura de cadastro, atendimento, navegabilidade, relatórios oferecidos aos investidores e rapidez para a execução de ordens, que foram classificados em muito bom, bom, aceitável, fraco e ruim. Com exceção dos dois primeiros quesitos, nos quais todas tiveram classificação muito bom, algumas delas deixaram a desejar , principalmente ao se tratar de navegabilidade do Home Broker e rapidez na execução de ordem.
“É importante que o investidor avalie o seu perfil para depois ver qual é a sua prioridade em relação à corretora. Enquanto para um os custos menores são mais vantajosos, para outros uma taxa mais alta com um serviço melhor é o ideal. Vai variar de perfil para perfil. Para os mais entendidos do mercado, pagar mais em uma taxa de custódia para receber ótimos relatórios de análise técnica pode valer muito a pena, pois com eles o investidor vai ganhar mais em suas aplicações, podendo até compensar a diferença entre as taxas”, finalizou Veronica.
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