Veja onde investem os clientes de alta renda dos bancos

Por Gabriella D'Andréa

Fundos foram os que mais receberam aportes, tanto entre clientes varejo alta renda como clientes varejo.

Os fundos de investimento de renda fixa foram os preferidos dos clientes classificados como varejo alta renda no ano de 2012. De acordo com o relatório “Distribuição de Produtos no Varejo” da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), do total de recursos investidos por esses clientes em fundos no ano passado, 47,4% estavam em fundos de renda fixa, sendo que o levantamento considera apenas os números das 10 maiores instituições do segmento.

Uma possível explicação para essa preferência, segundo o presidente do Comitê de Distribuição de Produtos no Varejo, Marcos Daré, seria de que esses clientes já possuem uma idade mais avançada e possuem um patrimônio maior, preferindo aplicá-lo em investimentos mais conservadores.

Na mesma linha, os clientes varejo também mostraram preferência pelos fundos de renda fixa, com 54,4% dos aportes. A segunda opção foram os fundos indexados ao DI (Depósito Interbancário), tanto para os clientes varejo como varejo alta renda com 24,8% e 33,7% das aplicações, respectivamente.



Investimentos de tesouraria

Entre as aplicações de tesouraria, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) foi o investimento que mais recebeu aportes dos dois tipos de investidores. No caso do varejo, ele foi responsável por 72,8%, enquanto no varejo alta renda esse número foi de 59,4%.
“Esse investimento já está enraizado no cerne das pessoas, além de ser fácil de comprar e de seu valor mínimo para aplicação ser, normalmente, baixo”, justifica Daré.


Já a segunda posição é diferente entre os dois tipos de investidores. No caso do varejo, as LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) receberam mais aportes (14,8%), o que pode ser explicado pela questão tributária favorável, isso é, a isenção do Imposto de Renda, conforme explica Daré.

Ao analisar a segunda posição dos investidores varejo alta renda, aparecem as operações compromissadas (18,0%). Segundo o especialista, essa preferência secundária pode ter sido devido à isenção de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e pelo fato de serem asseguradas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), isso é, caso a instituição financeira quebre, o fundo ressarce o investidor em até R$ 70 mil.

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