Quando o assunto é carteira de investimentos, ter mais nem sempre é o melhor. Com diversas aplicações e estratégias disponíveis nas mais variadas instituições financeiras, o investidor precisa ter sempre muita atenção, conforme aponta o vice-presidente da RDM Financial Group Inc., Jeff Corliss em entrevista a a colunista Anna Prior, do The Wall Street Journal.
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A colunista lembra que usar a razão pode ajudar os investidores a saberem os ativos que possuem e o quanto estão pagando por eles, auxiliando a retirar possíveis redundâncias - um passo importante na construção de uma carteira diversificada. “Alguns investidores pensam que estão diversificados porque têm dinheiro em 10 lugares diferentes, para depois descobrir que suas aplicações estão sobrepostas”, sinaliza o planejador financeiro Scott Halliwell.
Ao mesmo tempo em que é importante realizar uma “limpeza” do portfólio, também é preciso ser cauteloso para não ir longe demais e aplicar tudo em uma classe de ativos com o intuito de simplificar, pois concentrar demais os investimentos também não é uma boa ideia - o risco da carteira passa a ser muito maior. Pensando nisso, a colunista Anna Prior listou alguns conselhos para simplificar e agilizar seu portfólio sem perder a diversificação:
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1º - Utilize fundos de índice
Com o intuito de diversificar, muitos investidores acabam aplicando em diferentes fundos, o que pode não ser uma boa ideia - os custos com taxa de administração corroem os ganhos e em muitos casos os fundos não atingem a performance pretendida, ficando longe do seu benchmarck.
“Você realmente precisa desse portfólio complicado e exagerado ou você pode mudar para um fundo de índice mais barato?”, questiona a diretora de finanças pessoais da Morningstar Inc., Christine Benz. Através dos fundos de índices, ou ETFs (Exchange Traded Fund), o investidor pode diversificar suas aplicações em diferentes setores, já que cada um é lastreado em um índice específico. Adicionalmente, o custo dessa aplicação é menor do que manter diversos fundos em uma carteira.
2º - Colocar o investimento no "piloto automático"
Ao mesmo tempo em que muitos especialistas do mercado são contra aplicar o dinheiro e esquecê-lo, Anna afirma que em determinados momentos essa pode ser uma estratégia benéfica para manter-se nos trilhos. Optar por investimentos com aplicações automáticas todos os meses pode ser, na opinião dela, uma excelente maneira de manter a constância nos investimentos e aumentar o portfólio no longo prazo.
“Ter o dinheiro retirado de sua conta antes de colocá-lo em suas mãos é uma ótima maneira de introduzir disciplina em seus planos de poupança”, afirma Christine. “Se você não vê o dinheiro não vai tentar gastá-lo”.
3º - Diversifique com menos aplicações
Em alguns casos, ter um único fundo multimercado ou um ETF pode ser melhor do que investir em diversas aplicações. No caso de um fundo multimercado, por exemplo, o ativo é lastreado em renda variável e fixa, sendo que há variações de acordo com a instituição e o prospecto da aplicação, o que proporciona maior diversificação. Para quem tem pouco dinheiro, optar por menos fundos (mais diversificados) pode, portanto, ser a melhor alternativa.
No entanto, Fleisher afirma que o investidor ainda precisa fazer a “lição de casa” e entender como funciona a participação em um fundo e quais taxas são cobradas antes de optar por algum.
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