Fonte: DestakMesmo com o cenário econômico positivo, com aumento dos salários acima da inflação e queda do desemprego, o nível de inadimplência no país segue em patamar alto: em 2013, 5,9 milhões de brasileiros tinham, ao menos, uma conta em atraso há mais de 90 dias. Esse número é maior que a população de duas capitais brasileiras - Brasília e Salvador -, que, juntas, têm 5,7 milhões de habitantes, e acima, por exemplo, do total de moradores da Dinamarca (5,5 milhões). Em 2012, eram 6 milhões de caloteiros.
A conclusão é de levantamento inédito feito pela Serasa Experian.
Para o presidente da Serasa, Ricardo Loureiro, a justificativa para o alto patamar do calote não é a condição econômica, e sim o descontrole ao consumir, aliado à falta de conhecimento de temas ligados às finanças pessoais.
"São aquelas pessoas que deram um passo maior que a perna e não conseguiram regularizar a situação", afirmou.
Segundo o estudo, essa falta de planejamento financeiro atinge todas as camadas sociais. A maioria das pessoas tinha mais de 30% de sua renda comprometida com dívidas nas classes B (55,6%) e C (66,8%). Reincidência
Além da inadimplência alta, a reincidência em 2013 também permaneceu elevada. O estudo apontou que 36,6% dos consumidores que estavam inadimplentes em 2013 já haviam enfrentado problemas em 2012, e voltaram a dar calote no ano passado. A pesquisa indicou ainda que mais pessoas conseguiram "limpar" o nome em 2013: foram 17,6 milhões, um aumento de 2% ante 2012. Para ajudar o consumidor a evitar a inadimplência e a regularizar os débitos, a Serasa realiza hoje e amanhã um mutirão on-line, das 8h às 20h, pelo site .
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