5 ações com potencial para subir mais de 50% em 2014

Fonte: InfoMoney

Cinco, entre 66 ativos da Bovespa analisados pela Coinvalores em seu relatório mensal de Análise de Mercado, tem potencial para subir mais de 50%, de acordo com o preço-alvo de 2014 calculado pela corretora.

As ações das companhias BR Properties (BRPR3), da Braskem (BRKM5), da Gerdau (GGBR4), da Iochpe-Maxion (MYPK3) e da JSL (JSLG3) foram as que mais se destacaram pelo seu potencial, segundo a análise da Coinvalores. Elas podem subir, respectivamente, 50,3%, 59,7%, 66,2%, 50,5% e 51,7%. 

BR Properties
A BR Properties é um companhia de investimento em imóveis comerciais para renda, com pouco menos de 10 anos. Os principais escopos de atuação são escritórios, galpões industriais e lojas, concentrados nas maiores regiões metropolitanas do Brasil. Em 2012, a BR Properties incorporou a One Properties, empresa que tem atuação bastante parecida, mas que adiciona ao portfólio imóveis construídos no modelo built to suit. Nesse modelo, o imóvel já é construído de acordo com a necessidade de um determinado locatário, mas, ao invés desse imóvel ser vendido, ele continua com a empresa e é feito um contrato de locação com prazo bem maior que o usual, com multas altíssimas de cancelamento.

Segundo a Coin, as ações da Braskem tem potencial para subir 59,7% neste ano (Divulgação)
Segundo a Coin, as ações da Braskem tem potencial para subir 59,7% neste ano (Divulgação)

A companhia divulgou no último mês que finalizou a operação de transferência de seus ativos de galpões industriais à LPP III Empreendimentos e Participações S.A., pertencente ao grupo GLP, pelo preço de R$ 2,3 bilhões. A venda já havia sido anunciada ao mercado e não teve grande efeito sobre o papel. Ao mesmo tempo, a companhia anunciou o pagamento de um dividendo extraordinário de R$ 5,50 por ação, em decorrência da venda desses ativos. “Nossa revisão de preço-alvo, portanto, foi apenas um ajuste ao provento pago pela companhia no último mês, não tendo alterado nossa visão positiva sobre a BR Properties”, disse.

Braskem
A Braskem é líder no mercado de resinas termoplásticas das Américas e maior produtora de polipropileno dos Estados Unidos, com foco em polietileno, polipropileno e PVC. Ocupa posição destacada entre as grandes produtoras globais e atua com a perspectiva de estar entre as maiores organizações do setor no mundo. Hoje, é uma das principais empresas exportadoras brasileiras, com presença em cerca de 60 países e em todos os continentes.

Apesar do decepcionante desempenho do PIB revisado do 1º trim/14 nos EUA (-2,9%), bastante abaixo do que se esperava, sobretudo por conta dos efeitos do inverno por lá, a corretora entende que a economia norte-americana deve registrar taxas melhores ao longo do ano, fato que sustenta nosso viés positivo par as operações da Braskem nessa região (17% da receita líquida em 2013).

Em contrapartida, por aqui (57% da receita líquida no ano passado) em meio a um cenário político incerto e maior escassez de crédito, vislumbramos impacto na demanda por petroquímicos em razão da contração do consumo no mercado interno. Ainda que o contexto externo seja mais ameno, principalmente por conta das melhores expectativas relacionadas à demanda europeia, fim do inverno nos EUA e perspectiva de retomada da demanda asiática, continuamos vislumbrando que as incertezas internas serão determinantes no curto prazo. “Recomendamos exposição aos papéis da companhia somente aos investidores com foco no médio/longo prazo”, afirmou.

Gerdau
A Gerdau é líder na produção de aços longos (para os setores de construção civil, indústria e agropecuária) nas Américas e uma das maiores fornecedoras de aços longos especiais do mundo. Possui presença industrial em 14 países, com operações nas Américas, na Europa e na Ásia, as quais somam capacidade instalada superior a 25 milhões de toneladas de aço. É a maior recicladora da América Latina.

A recuperação econômica dos EUA (mesmo com sinais mistos) é um dos grandes aspectos que traduzem as perspectivas positivas para a Gerdau no médio/logo prazo. “Passados os efeitos do rigoroso inverno nos EUA, que foi determinante para o péssimo desempenho da economia norte americana nos primeiros meses do ano (recuo de 2,9% do PIB no 1º trim/14), entendemos que as operações da companhia tendem a apresentar maior dinamismo no 2º trim/14. Ainda assim, questões domésticas como as incertezas atreladas às eleições, que acabam por represar decisões de investimentos, a letargia das reformas infraestruturais bem como as perspectivas menos otimistas para o segmento de construção civil no curto prazo devem continuar representando pressão para a companhia em bolsa. Nesse contexto, reiteramos nosso parecer de compra para GGBR4 para investidores com foco no médio/longo prazo”, disse a corretora em relatório.

Iochpe-Maxion
A Iochpe-Maxion foi fundada em 1918, no estado do Rio Grande do Sul atuando inicialmente no ramo madeireiro. Atualmente as atividades da companhia desenvolvem-se majoritariamente em torno do mercado de autopeças, pela Divisão Rodas e Chassis, Divisão Fumagalli e Divisão Componentes automotivos, além da atuação no mercado de equipamentos ferroviários através da Amsted-Maxion. Possui plantas no Brasil, China e México bem como depósitos e escritórios espalhados pelo mundo.

A Coinvalores continua olhando com bons olhos para a diversificação de atuação da Iochpe-Maxion tanto em termos de mercados como em segmentos. Tal disposição operacional deve amenizar os potenciais efeitos da perspectiva de acomodação da demanda interna por veículos. Ademais, o segmento de vagões e fundidos ferroviários conta com perspectivas positivas no médio/longo prazo, sobretudo pela implacável necessidade de investimentos produtivos. Os pacotes governamentais de concessão de rodovias e ferrovias também podem se traduzir em impacto positivo para a Iochpe-Maxion. “Nesse contexto, continuamos recomendando compra para suas ações”, afirmou.

JSL
Fundada em 1956 como Julio Simões, a atual JSL presta serviços logísticos desde o transporte de cargas até a terceirização total das cadeias produtivas em todo o território nacional e em mais quatro países da América Latina. De forma integrada, a companhia ampara suas atividades sob quatro linhas de negócios: (i) serviços dedicados à cadeia de suprimentos; (ii) gestão e terceirização de frotas; (iii) transporte de passageiros e (iv) transporte de cargas gerais. Como atividade secundária, a companhia comercializa seus ativos através de lojas próprias de seminovos e em concessionárias de veículos, o que permite a renovação da frota operacional. Destaca-se por sua atuação diversificada em mais de 16 setores da economia e liderança no setor.

A corretora entende que a JSL atravessa um momento de pressão em suas margens operacionais em razão da implantação dos novos contratos (que ainda não geram receita, mas embutem custos operacionais) e do processo de integração das aquisições.

“Consideramos que o guidance apresentado pela companhia condiz com a realidade do mercado, pois se situa em níveis abaixo dos anos anteriores e torna-se bastante factível de ser atingido. Embora o curto prazo sugira impactos sobre a rentabilidade da JSL, vislumbramos mais adiante gradual recuperação operacional, sobretudo porque avaliamos que a companhia continuará apresentando bom crescimento, pois está bem posicionada para se beneficiar dos drivers do setor, como também por ter relações de médio/longo prazo com seus clientes e obter bastante êxito na captura de novos contratos. Portanto, permanecemos com a recomendação de compra aos seus papéis”, finalizou a Coinvalores.

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