Quase R$ 3 bi em títulos do Tesouro vencem nesta sexta; veja 3 opções para aplicar

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SÃO PAULO – Um volume de aproximadamente R$ 2,75 bi em títulos Tesouro IPCA+ 2015 (NTN-B Principal) e Tesouro IPCA+ com Juros semestrais 2015 (NTN-B), negociados pelo programa Tesouro Direto, vencem nesta sexta-feira (15) e o dinheiro entra na conta dos investidores.

A corretora XP Investimentos sugere três opções de investimento para quem não precisa usar o dinheiro agora. Uma delas é reinvestir no próprio Tesouro Direto. Confira:

1 – Tesouro Direto
Para quem prefere continuar investido no programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal, a corretora sugere o título Tesouro IPCA+ com vencimento em 2020. O título tem as mesmas características da aplicação que vence hoje: segurança do governo federal, que, em tese, é o melhor credor que existe no país, e liquidez diária. O educador financeiro André Massaro concorda que esta é uma alternativa interessante.  “Reinvestir nestes títulos é uma opção muito boa. A maioria dos títulos atrelados à inflação está pagando atualmente 6% ou mais por ano, mais o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), algo que o pequeno investidor não encontra em outras aplicações. Para o longo prazo são títulos muito interessantes”, diz.

O site do Tesouro Direto também destaca o rendimento atual dos seus títulos em relação a outras aplicações conservadoras. “As taxas de rentabilidade oferecidas pelo Tesouro Direto têm superado as rentabilidades da maioria das alternativas de investimento em renda fixa. Mesmo após o desconto das taxas operacionais e dos impostos, os títulos garantem atualmente um retorno acima de 10% ao ano. A poupança, por sua vez, rende entre 6% e 7%".

Os títulos de inflação são considerados interessantes principalmente para quem pensa no longo prazo e só vai utilizar o dinheiro no vencimento. Isso porque, apesar de a liquidez ser diária, se vender antes do prazo o investidor fica sujeito ao preço de mercado destes títulos, que oscila bastante e pode até gerar perdas no curto prazo. Já quem leva até o vencimento resgata todo o valor aplicado mais os juros que foram definidos no momento da aplicação.

2 – CDB
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título bancário que tem sua rentabilidade geralmente atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Bancário) e apresenta boa rentabilidade em momentos de juros altos. O título ainda conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para investimentos de até R$ 250 mil.

A XP Investimentos sugere como uma das opções de investimento o CDB do banco Pine com vencimento em três anos. A taxa ofertada pela corretora é de 117% do CDI. Outra opção com mesmo vencimento na plataforma da corretora são os títulos do Banco Modal.

3 – Debêntures Incentivadas
Outra sugestão da corretora é a aplicação em debêntures incentivadas, que, diferentemente do Tesouro Direto e dos CDBs, contam com isenção de imposto de renda. As debêntures incentivadas são títulos de crédito privado, no entanto, os analistas sugerem títulos com rating AAA.

Algumas das opções que a corretora XP Investimentos sugere para investir é a debênture da Tractebel (TBLE15) e da Concessionária do Sistema Anhanguera-Bandeirantes (ANHB15), as duas com taxas superiores ao IPCA + 5,5 ao ano.

Números de março
A elevação da taxa básica de juro e as mudanças recentes atraíram mais investidores para o Tesouro Direto e o programa registrou números expressivos em março. Segundo dados do Tesouro Nacional, no terceiro mês do ano houve o maior volume de vendas mensais (R$ 1 bilhão), de vendas líquidas (R$ 544,7 milhões), de número de operações de venda (66.356) e de número de investidores cadastrados (12.570). “Nesse mês, enquanto o Tesouro Direto registrou captação líquida de R$ 544,7 milhões, poupança e fundos de renda fixa registraram volumes expressivos de saídas líquidas da ordem de R$ 11,4 bilhões R$ 3,7 bilhões, respectivamente”, lembra o Tesouro.

Com esse resultado, o estoque de títulos do programa superou em março alcançou R$ 16,72 bilhões, registrando crescimento de 35,67% sobre março de 2014 (R$ 12,33 bilhões). Segundo o Tesouro Direto, os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque (65,1%). Na sequência, aparecem os títulos prefixados, com participação de 21,4% e, por fim, os títulos indexados à taxa Selic, com 13,4%.

Mudanças
Em março deste ano o programa passou por mudanças importantes. Entre as principais novidades estão os nomes dos títulos negociados, que ficaram mais intuitivos para os investidores. As LTN (Letras do Tesouro Nacional) passaram a chamar Tesouro Prefixado 20XX (inclui-se depois do nome o ano de vencimento do título). Já a NTN-F (Nota do Tesouro Nacional, série F) agora chama Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2025. A LFT (Letra Financeira do Tesouro) mudou de nome para Tesouro Selic 2021. A NTN-B (Nota do Tesouro Nacional, série B) passou a chamar Tesouro IPCA + com juros semestrais 20XX e a NTN-B Principal se chama Tesouro IPCA + 20XX.

Além disso, as recompras de títulos feitas pelo Tesouro Nacional, que antes aconteciam apenas às quartas-feiras, passaram a ser diárias. Com isso, o investidor tem a vantagem de conseguir vender seus títulos sempre que precisar, pelo valor de mercado do dia.

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